ECA UMA ARMA PARA O FUTURO

 

 

 
 
Por Caliana  Mesquita

Eca arma do futuro

O Estatuto  da Criança e do Adolescente completa este ano seus vinte e cinco anos de idade.  Durante este período uma longa trajetória entre criticas da sociedade, ainda  amedrontada com esta lei inovadora, e uma realidade social que aprimora a cada  dia seus artigos, que expressão a necessidade de recuperar o futuro do  país.

 

Em 1990 a  sociedade brasileira se deparou com um instrumento de cidadania poderoso, mais  desconhecido e de difícil manuseio. Diferente de tudo que já lhe foi  apresentado, o ECA, com passou a ser chamado, veio polemizar as relações de  sociedade. Como ousou a substituir o antigo código de menores, que tratava  crianças com adultos sem considerar seus limites de maturidade, o Estatuto da  Criança e do Adolescente foi alvo de criticas da sociedade  brasileira.

 

A população  a julgava com sendo uma lei protetora de menores infratores, desconsiderando que  a grande diferença do ECA esta justamente na capacidade de punir o jovem  infrator, mais fazendo com que ate este tenha garantia dos seus direitos. Alem  de buscar fornecer ao cidadão de 0 à 18 anos os recursos necessários para o seu  desenvolvimento social e humano, de forma digna, estreitando as relações da  sociedade e do poder publico, no interesse prioritário para a formação deste elo  social.

 

Este  processo de rejeição e de descaso ao ECA, teve como principal aliado, o próprio  poder que a criou. A política brasileira se acostumou a desenvolver instrumentos  e projetos que estimulassem a sociedade a andar em círculos, enxergando  unicamente os interesses de seus representantes. O ECA por sua vez, foi como um  tiro no próprio pé, é como popularmente é dito “eles criaram cobra para  morde-los”.

 

Considerada  pela ONU com uma das leis mais perfeita do mundo, o Estatuto visa muito mais do  que punir ou inocentar criança e adolescentes. Ele visa reconstruir uma  sociedade defeituosa sobre os princípios da ética, cidadania e humanidade.  Conceitos estes esquecidos ou nunca conhecidos pelos membros do legislativo e  executivo. Os quais se comportam de forma contraditória ora desenvolvendo  projetos de lei com tanta ideologia e sensibilidade ora fechando os olhos para  uma realidade social que se apresenta bem ao lado do Planalto, da Assembléia  Legislativa ou bem enfrente ao espelho.

 

Hoje menos  da metade dos jovens conhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente, uma  realidade que prejudica o próprio desenvolvimento do país, pois a falta de  conhecimento da população, para com seus direitos e deveres, desenvolve uma  serie de infrações a estes, aumentando o índice de violência e exploração sexual  e do trabalho infantil, cominando na abdicação do seu direito mais importante, o  da educação. E o que será de um país que não investe na educação de seus filhos?  Qual o futuro pode-se prever a uma nação que não respeita suas crianças e  adolescentes? Aonde se encontrará este futuro?O Brasil já se mostrou capaz de  desenvolver a arma mais poderosa para o futuro, mas só chegará lá quando  aprender a manuseá-la